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UMA PALAVRA SOBRE O LIVRO DE APOCALIPSE


O tema predominante do livro do Apocalipse é a volta de Jesus para derrotar todo o mal e estabelecer seu reino (Ap. 17.14). É, sem dúvida alguma, um livro de vitória, e os cristãos são considerados vencedores (Ap 2.7,11,17,26; 3.5,12,21; 11.7; 15.2; 21.7). Para os olhos incrédulos, Jesus Cristo e sua Igreja não passam de derrotados neste mundo; mas para os olhos da fé, Ele e seu povo são verdadeiros vencedores. Peter Marshall disse certa vez: “É melhor fracassar em uma causa que será bem sucedida no final do que ser bem sucedido em uma causa que fracassará no final”.

No livro do Apocalipse Jesus triunfa sobre a morte, o inferno, o dragão, a besta, o falso profeta, a Babilônia e os ímpios. Da mesma forma, a igreja perseguida ao longo dos séculos, mesmo suportando martírio, é vencedora (Ap 7.14; 15.2; 22.14).

Podemos sintetizar o livro do Apocalipse em 8 características básicas:

É um livro centrado na pessoa de Cristo – Este livro magnífica a grandeza e a glória de Cristo. Neste livro temos a revelação de Jesus, da sua glória, majestade e triunfo, e não simplesmente uma revelação escatologia de eventos futuros.

É um livro aberto. João recebeu a ordem de não selar o livro (Ap 22.10), pois o povo de Deus precisava de sua mensagem. Apesar de conter mistérios que talvez só sejam desvendados quando nos encontrarmos junto ao trono de Deus, Apocalipse pode ser compreendido.

É um livro cheio de símbolos – Este livro é claro para alguns e misterioso para outros. Os símbolos funcionavam como janelas abertas para os salvos e fechadas para os ímpios. Os símbolos são “eternos” em sua mensagem e ilimitados em seu conteúdo. O símbolo da “Babilônia”, por exemplo, teve origem em Gn 10,11 e seu significado cresce à medida que é usado ao longo das Escrituras, chegando ao ápice em Ap. 17 e 18.

É um livro de profecia – Este fato é declarado inequivocamente em Ap 1.3; 22.7,10,18,19. As cartas para as sete igrejas da Ásia Menor tratam de necessidades imediatas das congregações, que, continuam presentes nas igrejas de hoje. Este livro nasceu num momento de muita aflição, pois João sofria sob o poder de Roma. Ao ver o Cristo vitorioso diante deles, os cristãos perseguidos encontrava encorajamento para a difícil tarefa de testemunhar.

É um livro de juízos e condenações – Dr. Charles Erdman, diz que o livro de Apocalipse jamais procura ocultar o lado sombrio do quadro que pinta. Menciona-se o “Cordeiro que foi morto”, mas igualmente a “ira do Cordeiro”. No Apocalipse há um “rio da água da vida” e também um “lago de fogo”.

É um livro majestoso – O livro do Apocalipse é o livro do trono. A palavra trono aparece 46 vezes no livro. No capítulo 4 a palavra trono, aparece por 12 vezes. Todos os detalhes estão orientados com vistas ao trono: sobre o trono, em redor do trono, a partir do trono, diante do trono, no meio do trono. O trono é símbolo da soberania inabalável de Deus. Esse trono não está na terra, está no céu. Cristo é apresentado em sua glória e domínio!

É um livro universal – João viu nações e povos (Ap 10.11; 11.9; 17.15) como parte do plano de Deus. Ele também viu a sala do trono do céu e ouviu vozes dos confins do universo.

É um livro apoteótico – Apocalipse é o clímax da Bíblia. Tudo o que começou em Gênesis irá se completar e consumar em Apocalipse. Jesus é o Alfa e o Ômega, ou seja, tudo que Ele começa, Ele termina gloriosamente. Amém!

Presbítero Andrei Ricardo

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