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MELQUISEDEQUE


Foto ilustrativa: Encontro de Abraão com Melquisedeque
A relação de Melquisedeque e o sacerdócio de Cristo

Se alguém nos pedisse para citar o nome das pessoas mais importantes do Antigo Testamento, duvido que Melquisedeque estaria em nossa lista. Ele aparece uma vez em Gênesis 14.17-24 e é novamente mencionado em Salmos 110.4. Dificilmente seria considerado um personagem de destaque. Mas o Espírito Santo voltou ao Antigo Testamento e usou essas duas passagens para apresentar uma verdade crucial: o sacerdócio de Jesus Cristo é superior ao de Arão, porque a “ordem de Melquisedeque” é superior a “ordem de Levi”.

Em Hebreus 7, o autor argumenta que, o sacerdócio de Cristo é superior em sua ordem. Em Hebreus 8, a ênfase é sobre a aliança superior de Cristo; Hebreus 9 enfatiza a superioridade de seu santuário, e Hebreus 10 conclui a seção argumentando em favor do sacrifício superior de Cristo.

O povo de Israel estava habituado ao sacerdócio da tribo de Levi. Essa tribo foi escolhida por Deus para servir no tabernáculo (Ex 29; Nm 18). Arão foi o primeiro sumo sacerdote nomeado por Deus. Apesar de suas muitas falhas, os sacerdotes serviram a Deus durante séculos; mas, agora, o autor de Hebreus afirma que tal sacerdócio acabou! A seguir veremos quais argumentos o autor nos mostra, a fim de provar que a “ordem de Melquisedeque” é superior à de Arão:

1)O argumento histórico: Melquisedeque e Abraão (Hb 7.1-10)

O relato desse acontecimento encontra-se em Gn 14.17-24, de modo que é importante fazer uma leitura dessa passagem. O autor da epístola aos Hebreus deseja que seus leitores observem vários fatos acerca desse homem misterioso chamado Melquisedeque.

Ele era rei e sacerdote (vs 1) – devemos atentar para o fato que no sistema do Antigo Testamento, o trono e o altar eram separados. As pessoas que tentaram usurpar o sacerdócio foram julgadas por Deus. Todavia, vemos aqui um homem que exercia duas funções: a de rei e a de sacerdote! Arão nunca teve este privilégio. É importante observar que Melquisedeque não era uma “imitação” de sacerdote, antes, era “sacerdote do Deus Altíssimo” (Gn 14.18-22). Seu ministério era legítimo.

Seu nome é sugestivo (vs 2b) – Na Bíblia, muitas vezes os nomes e seus significados são importantes. Hoje em dia, escolhemos os nomes dos nossos filhos sem maior consideração por seu significado, mas não era assim nos tempos bíblicos. Em hebraico, o nome Melquisedeque significa “rei de justiça” – malki: meu rei; tsedek: justiça. A palavra “Salém” – significa “paz” (está ligado a shalom). Portanto o nome Melquisedeque pode ser: “rei de justiça” quanto “rei de paz”. A “justiça” e a “paz” aparecem juntas com freqüência nas Escrituras (Sl 85.10; Is 32.17; Tg 3.17,18; Hb 12.10,11).

Seu histórico familiar é diferente (vs 3) – Melquisedeque era um homem (Hb 7.4), de modo que teve pai e mãe. No entanto, não há registro algum de sua genealogia no Antigo Testamento. Trata-se de algo significativo, pois os antepassados da maioria das pessoas mais relevantes do Antigo Testamento são identificados. Era especialmente importante que os sacerdotes tivessem como comprovar sua linhagem (Ed 2.61-63; Ne 7.63-65). Aqui o autor de Hebreus usa de um argumento baseado no silêncio, mas que, ainda assim, não deixa de ser válido.

Melquisedeque não era um anjo nem uma criatura sobre-humana; também não era uma manifestação de Jesus Cristo no Antigo Testamento. Era um homem de verdade, um rei de verdade, em uma cidade de verdade. Mas, no que se refere aos registros, ele nunca nasceu nem morreu. Nesse sentido, ele é um retrato do Senhor Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus. Apesar de Jesus Cristo ter morrido, o Calvário não foi o fim; Ele ressuscitou dentre os mortos e, hoje, vive “segundo o poder da vida indissolúvel” (Hb 7.16). A aplicação é clara: nem Arão nem qualquer um de seus descendentes poderiam afirmar ser “sem genealogia” (Hb 7.3), ter um ministério sem fim nem declarar sacerdote e rei, como Jesus Cristo.

2) O argumento doutrinário: Cristo e Arão (Hb 7.11-25)

O autor avança mais um passo em sua argumentação. Melquisedeque não apenas é maior do que Arão, como também tomou o lugar de Arão! Não é mais “a ordem de Arão” ou a “ordem de Levi”. É, para sempre, “a ordem de Melquisedeque”. Agora você está perguntado: Por que Deus realizou uma mudança tão radical?

Porque tanto o sacerdócio quanto a Lei eram imperfeitos (vv. 11-14)

– As palavras traduzidas por “perfeito” e termos correlatos são palavras-chave nesta epístola (Hb 2.10;5.9;6.1;7.11,19;9.9). Significam, essencialmente, “completado, cumprido”. Os sacerdotes do Antigo Testamento não eram capazes, por meio do seu ministério, de completar a obra de Deus no coração do adorador (Hb 7.19). Os sacrifícios de animais não tornavam o adorador algum perfeito aos olhos de Deus (Hb 10.1-3). A lei foi adicionada para servir de “aio” a fim de preparar o caminho para a vinda de Cristo (Gl 3.19; 4.7).

A lei de Moisés não permitia um sacerdote da tribo de Judá (Hb 7.14). Uma vez que o nosso sumo sacerdote é da tribo de Judá, de acordo com sua linhagem humana, então alguma mudança deve ter ocorrido na Lei de Moisés. E foi exatamente isso o que aconteceu! Todo o sistema da Lei do A.T cumpriu-se em Jesus Cristo e foi tirado do caminho (Cl 2.13,14). O cristão foi liberto da lei (Gl 5.1-6) e está morto para a Lei (Rm 7.1-4). Esse novo sistema não significa que o cristão tem o direito de viver sem lei alguma. “Livre da lei” não quer dizer “livre para pecar”. Antes significa que estamos livres para fazer a vontade de Deus. Obedecemos não por uma compulsão exterior, mas por um constrangimento interior (II Co 5.14; Ef 6.6)

Porque o juramento de Deus não pode ser quebrado (vv. 20-22)

Nenhum sacerdote da ordem de Arão foi ordenado e estabelecido com base em um juramento pessoal de Deus. Os sacerdotes araônicos ministravam “conforme a lei de mandamento carnal [físico]” (Hb 7.16). Sua adequação moral ou espiritual não era examinada. O importante era o sacerdote pertencer à tribo correta e preencher os requisitos físicos e cerimoniais corretos (Lv 21.16-24).

O sacerdócio celestial de Jesus Cristo foi estabelecido com base em sua obra na cruz, em seu caráter (Hb 2.10; 5.5-10) e no juramento de Deus. “Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.21; Sl 110.4). Atente para essa declaração: “O Senhor jurou e não se arrependerá [voltará atrás]”. A questão foi resolvida definitivamente e não pode ser mudada.

A presença desse juramento dá ao sacerdócio de nosso Senhor Jesus um grau superior de permanência e certeza. Jesus Cristo é o “fiador de superior aliança” (Hb 7.22). O termo “fiador” significa “aquele que garante os termos de um acordo serão cumpridos”. Como mediador entre Deus e o homem (I Tm 2.5), Jesus Cristo é o Grande Fiador. Nosso Salvador ressurreto e eterno garante que os termos da Lei serão cumpridos em sua totalidade. Deus não abandonará seu povo. Mas Cristo não apenas nos garante que Deus cumprirá sua promessa, mas, como nosso representante diante de Deus, também cumpre perfeitamente os termos da lei em nosso nome.

Porque sendo homens, os sacerdotes morriam (vv 23-25) –

O sacerdócio não era apenas imperfeito como também era interrompido pela morte. Houve muitos sumos sacerdotes, pois nenhum sacerdote viveria para sempre. A igreja pelo contrário, tem um Sumo Sacerdote, Jesus, o Filho de Deus, que vive para sempre! Um sacerdote imutável significa um sacerdócio imutável, o que, por sua vez, significa segurança e confiança para o povo de Deus. (Hb 13.8).
Qual é a conclusão dessa questão? Hebreus 7.25 declara: “Por isso [porque Ele é o Sumo sacerdote eternamente vivo e imutável], também pode salvar totalmente [para sempre] os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. A base para essa salvação completa é a intercessão celestial do Salvador. O termo “interceder” significa “ir ao encontro, apelar para, fazer uma petição”. Não se deve imaginar que Deus Pai esteja irado conosco de tal modo que Deus Filho deve sempre apelar ao Pai e suplicar que não julgue o seu povo! O Pai e o filho estão de pleno acordo quanto ao plano da salvação (Hb 13.20,21). Também não devemos imaginar Jesus proferindo orações em nosso favor no céu ou “oferecendo seu sangue” repetidamente como sacrifício. Essa obra foi consumada na cruz de uma vez por todas.

A intercessão diz respeito à forma de Cristo representar seu povo diante do trono de Deus. Por meio de Cristo, os cristãos podem achegar-se a Deus em oração e também oferecer sacrifícios espirituais para Deus (Hb 4.14-16; I Pe 2.5). Alguém disse bem que a vida de Cristo no céu é sua oração por nós.

Nele, que é Maior que tudo e todos

Bibliografia: Wiersbe, Warren. Comentário Bíblico. Geográfica Editora 2006
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AJUDE A OBRA DE DEUS

A Paz do Senhor Jesus!

Para nós é uma alegria, saber que a Igreja Ev. Pentecostal Casa de Oração chegou ao seu coração.

Nossa Igreja é mantida através da generosidade de pessoas como você, que se sentem chamadas a ajudar a Obra de DEUS. 

Sua Oferta é sinal da providência de Deus para nos ajudar na construção da nova Sede. Através dela, podemos resgatar muitas almas para o Reino de Deus e concluirmos a obra: 

Objetivos Imediatos

1 - Conclusão da construção inicial do novo templo

2 - Colocação de portas/Pisos/Rebaixamentos de 
tetos/Salas para as classes da EBD. 

3 – Colocação de Laje na parte da frente para 
construção da cozinha e gabinete Pastoral e Etc.. 

Queremos, com a graça de Deus, levar essa obra adiante que Deus plantou no coração de nosso fundador Pastor José Santos (in memória

DEPÓSITO EM CONTA CORRENTE
Caixa Econômica Federal 
Ag. 0200 Operação: 013 C/C: 68406-5

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Contamos com suas orações e desde já também estaremos Orando por vocês.

Que Deus Abençõe a sua vida.

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" A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS" 9º LIÇÃO


A ORAÇÃO E A VONTADE DE DEUS

Lição 9 - 28 de novembro de 2010
Texto Bíblico: João 15.7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
Leitura Bíblica em Classe: João 14.13-17; 15.7; I João 5.14,15

APRENDA A ORAR E ALCANCE A VONTADE DE DEUS

1. A ORAÇÃO SÓ É EFICAZ PARA QUEM PERMANECE EM CRISTO

* O Senhor não responde oração que é contrária a sua glória - João 14.13   E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.  Provérbios 1.28 Então clamarão a mim, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, porém não me acharão.
* O Senhor condiciona toda petição a autoridade do seu nome - João 14.14   Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.  Mateus 28.18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
* O Senhor exige unidade com Ele através da nossa comunhão - João 14.15   Se me amais, guardareis os meus mandamentos.  Gálatas 2.20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.


2. A ORAÇÃO SÓ É OUVIDA QUANDO HÁ OBEDIÊNCIA ESPIRITUAL

* Creia que é o Espírito Santo o pleiteador das nossas causas -  João 14.16  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,  Romanos 8.26 E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
* Saiba que o Espírito Santo opera em quem busca conhece-lo  - João 14.17a... o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece;  I Coríntios 2.12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
* Entenda que o agir do Espírito Santo requer vida santificada - João 14.17b...vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.  I Coríntios 3.16 Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?


3. A ORAÇÃO SÓ É ATENDIDA QUANDO É FEITA CORRETAMENTE

* É preciso entender que Deus quer uma postura sincera - I João 5.14   E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.  Tiago 4.3  Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
* É preciso entender que Deus atende a um coração franco - I João 5.15   E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos,  Salmos 51.17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
* É preciso entender que Deus ouve quem é movido por fé -  I João 5.15...b  estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito. Hebreus 11.6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam

Obs: O esboço é elaborado exclusivamente pelo texto bíblico da lição.
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