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DIA 13 DE JUNHO "DIA DO PASTOR" REFLITA...


O dia do Pastor...

Certamente hoje nos perguntamos por que um dia no ano é dedicado ao Pastor? Já temos tantos “dias” – afirmamos. Dia das mães, dia dos pais, dia da avó, dia disso e daquilo. Será que isso não é mais uma forma de forçar nossas lembranças a alguém que deveria ser tão importante nas nossas vidas enquanto comunidade cristã? Ou será que não tem nenhuma importância isso para nós?

Creio que podemos refletir sobre isto hoje.

O ano tem aproximadamente 54 domingos. A cada domingo criamos expectativas sobre o que será pronunciado no sermão e nos damos o direito de afirmar ao final: o sermão foi bom (ou ruim). Ou ainda: foi longo e chato, que o pastor estava de cara feia e coisas semelhantes porque queremos sempre o melhor. O melhor sermão, o melhor pastor, a melhor ilustração… Esperamos sempre que este domingo seja melhor do que o anterior, pois o pastor tem a obrigação de fazer para que assim seja. Quando nossas expectativas não são alcançadas ficamos frustrados ou tristes e comentamos uns com os outros sobre o assunto. Pensamos em mudar de igreja, fazemos um boca a boca dizendo que o pastor está ultrapassado, precisamos de outro, etc.

Às vezes achamos que o pastor não é de carne e osso como nós; que não tem problemas, dificuldades, preocupações, situações pessoais pendentes de solução e coisas comuns aos demais mortais. Além de que precisa estar com o celular ligado dia e noite porque afinal de contas podemos precisar dele a qualquer momento. Férias? Para que? E afirmamos: “o Diabo não tira férias, pastor também não pode tirar”. Queremos na vida cristã, um pastor que seja um super-homem da fé, com novidades a cada semana. Mas, esquecemos que ele precisa de tempo para si, para leitura e informação, para sua família, para o lazer, para questões pessoais, rir e chorar quando for preciso.

Jesus precisou ficar só alguns momentos, sentiu fome, sentiu sede, chorou, orou de forma angustiada por um problema pessoal. Os discípulos tiveram suas crises de fé, duvidaram em alguns momentos, ficaram preocupados com questões a serem resolvidas, e algumas vezes tomaram decisões que depois se percebeu não terem sido as melhores. Por que isso aconteceu? Porque eram homens comuns como os pastores da nossa igreja. A nós, cabe reconhecer que estes homens precisam de tempo para Deus e para si mesmos. Será que estamos lhes dando o devido reconhecimento enquanto ministros na Casa de Deus? E quando digo reconhecimento, não estou falando de reconhecimento apenas pastoral, mas de dignidade de vida,valores, direitos, respeito e compreensão.

Hoje é o dia. Dia de reflexão, de reconciliação, de reconhecimento, de avaliação. Dia de olharmos para dentro de nós mesmos e decidir fazer um “up” sobre aquilo que pensamos dos nossos pastores. Que o “dia” seja não somente hoje mais a cada domingo do ano, afinal são instrumentos de Deus para nossas vidas.


Presbítero: Andrei Ricardo
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