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A SOBERANIA E A AUTORIDADE DE DEUS 6° LIÇÃO


A "Soberania e a Autoridade de Deus" é tema 6ª Lição do 2º trimestre/2010. Apesar de sermos tentados a não acreditar, devido a gravidade de algumas circunstâncias, o Senhor continua no controle de todas as coisas.

PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Explicar por que Deus enviou Jeremias à casa do oleiro.
-Compreender que soberania de Deus está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência.
-Conscientizar-se de que Deus é soberano.

2. CONTEÚDO

É a partir do entendimento da soberania de Deus que sua intervenção na história deve ser estudada.

A SOBERANIA DE DEUS

“Soberania não é uma propriedade da natureza divina, mas uma prerrogativa oriunda das perfeições do Ser Supremo. Se Deus é Espírito, e portanto uma pessoa infinita, eterna e imutável em suas perfeições, o Criador e preservador do universo, a soberania absoluta é um direito seu. A infinita sabedoria, bondade e poder, com o direito de posse que pertence a Deus no tocante às suas criaturas, são o fundamento imutável de seu domínio (cf. Sl 115.3; Dn 4.35; 1 Cr 29.11; Ez 18.4; Is 45.9; Mt 20.15; Ef 1.11; Rm 11.36) ” (HODGE, p. 331, 2001).

“O termo soberania, denota uma situação em que uma pessoa, com base em sua dignidade e autoridade, exerce o poder supremo, sobre qualquer área, em sua província, que esteja sob sua jurisdição. Um “soberano” pois, exerce plena autonomia e desconhece imunidades rivais. Quando aplicado a Deus, o termo indica o total domínio do Senhor sobre sua vasta criação. Como soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter que prestar contas a qualquer vontade finita. Conforme se dá com outras idéias teológicas, o termo não figura nas páginas da Bíblia, embora o conceito seja reiterado por inúmeras vezes. Para tanto, as Escrituras apelam par a metáfora de “governante e súditos [...] (Dn 4.25; 1 Tm 1.17)" (CHAMPLIN, p. 242, 2001).

“Autoridade inquestionável que Deus exerce sobre todas as coisas criadas, quer na terra, quer nos céus, dispondo de tudo de acordo com os seus conselhos e desígnios. A soberania divina está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência. Deus é absoluto e necessário – todos precisamos dele para existir; sem Ele, não há vida nem movimento.”(ANDRADE, 1998, p. 265).

Os textos abaixo nos falam sobre a soberania e a autoridade de Deus:

“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” (Sl 115.3)

“Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35)
“Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos.” (1 Cr 29.11)

“Ai daquele que contende com o seu Criador! E não passa de um caco de barro entre outros cacos. Acaso, dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.” (Is 45.9)

“Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?” (Mt 20.15)

“nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,” (Ef 1.11)

Dessa forma, fica evidente, conforme Hodge (2001, p. 332) que:

- A soberania de Deus é universal. Ela se estende sobre todas as suas criaturas, das mais elevadas às mais inferiores;


- Ela é absoluta. Não se podem pôr limites à sua autoridade. Ele faz seu beneplácito nos exércitos do céu e entre os habitantes da terra;


- Ela é imutável. Não pode ser ignorada ou rejeitada. Ela obriga todas as criaturas, tão inexoravelmente quanto as leis físicas obrigam o universo material.

A ONIPRESENÇA, ONISCIÊNCIA E ONIPOTÊNCIA DE DEUS

A soberania de Deus se fundamenta em seus atributos Não-Morais ou incomunicáveis, exclusivos da essência divina. Observemos alguns destes atributos:

- Onipresença. Thiessen (1987, p. 78) afirma que a onipresença de Deus diz respeito a sua infinidade em relação às suas criaturas (Sl 139.7-12; Jr 23.23-24; At 17.27-28). A consciência desta realidade pode deter o pecador em seus caminhos maus e o levar a buscar a Deus.

- Onisciência. Deus conhece a Si próprio e todas as outras coisas, quer sejam reais ou apenas possíveis, quer sejam passadas, presentes ou futuras, e que ele as conhece perfeitamente e por toda a eternidade. Ele conhece as coisas imediata, simultânea, completa e verdadeiramente. Ele conhece também as melhores maneiras de chegar aos fins desejados (idem). (Pv 15.11; Sl 139.4; Mt 10.30; Hb 4.13).

- Onipotência. Para Ferreira e Myatt (2007, p. 218) "Isso não quer dizer que não haja limitações no poder de Deus, mas que as limitações que existem são apenas os limites impostos pela sua própria natureza". Thiessen (idem, p. 79) nos lembra que Deus não pode ver o mal (Hc 6.18), negar-se a si mesmo (2 Tm 2.13) ou praticar o pecado (Tg 1.13). A onipotência de Deus é declarada em Gn 17.1; 18.14; Jr 32.27; Lc 1.37; Mc 10.27).

Ainda, conforme Ferreira e Myatt (2007, p. 216) a Bíblia nos revela que:

"Deus é independente e auto-existente (Gn 1.1; Êx 3.14; Is 40.13s; At 17.25). Do ponto de Vista humano, o fato de Deus existir na eternidade passada, distinto da criação e totalmente satisfeito, é testemunho da independência de Deus. Significa que 'ele é determinado por nada e tudo é por ele determinado (At 17.20; Rm 11.36)'. Ele não precisa da criação e muito menos a criou porque estava se sentindo solitário. Ele não precisava da criação para ter algo com que compartilhar o amor. Ele já tinha tudo que precisava no seu próprio Ser Trino. Deus é auto-existente e não deriva seu ser de algo anterior. Ele não é condicionado pela criação, mas a criação é completamente sujeita à sua vontade."

Ele simplesmente, definitivamente, maravilhosamente, magnificamente, absolutamente É!

A VONTADE DE DEUS

Deus é capaz de realizar tudo o que ele diz que fará (FERREIRA; MYATT, 2007, p. 211). Esta idéia, presente e ampliada em Efésios 1.11, Não significa apenas que Deus pode fazer o que ele quiser, mas que ele, de fato, "faz todas as coisas conforme o conselho de sua vontade":

"A frase 'todas as coisas' parece significar literalmente tudo. O desígnio (gr. boule, propósito, decisão) é o plano de Deus. É o que ele determinou de antemão que faria. Planejar é a atividade de um ser inteligente. A vontade (gr. thelema, desejo, intenção, decisão) é o desejo de Deus. O que ele deseja, ele realiza. E isto não é arbitrário, mas ocorre segundo o seu plano racional. Neste sentido, a vontade de Deus refere-se ao decreto de Deus, pelo qual ele determina o curso da história." (idem)

A vontade de Deus pode ser percebida num sentido mais condicional (Lc 7.30). Deus estabelece seu padrão de conduta moral, representado por seus mandamentos, mas o ser humano deliberadamente os transgride (ibdem, p. 212).

Assim como nos dias de Jeremias, muitos entre o povo de Deus vivem de uma maneira que não lhe agrada. Aberrações e escândalos se avolumam dia após dia. Líderes e liderados fazem o que bem querem com as suas vidas, não se preocupando em procurar fazer a vontade de Deus.

Em alguns momentos parece-nos que Deus não está se importando ou encontra-se indiferente à situação. Mas, isso é apenas uma impressão falsa. O Senhor continua no controle de todas as coisas e no momento certo, da forma que somente ele saber fazer, sua intervenção será notória, vasos serão refeitos, e sua vontade prevalecerá!

3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Discuta com a classe sobre as implicações da soberania de Deus para a nossa vida e para a vida da Igreja.

4. RECURSOS DIDÁTICOS

Quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.

5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.
- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.
- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.
- Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, HAGNOS.
- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.
- Palestras Introdutórias à Teologia Sistemática, IBR.
- Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual, VIDA NOVA.

"Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?" (Is 43.13).

Fonte PR. Altair Germano
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